sábado, 22 de agosto de 2009

can't handle it

Estou sentindo falta do meu passado. Agora eu fui perceber como as coisas se complicaram, como eu tenho problemas, como eu morro a cada dia que passa. Estive vendo umas fotos minhas, não tão antigas assim, e senti falta, mas tanta tanta tanta falta que o meu coração se apertou no peito e eu quase não consegui respirar. As minhas amigas me fazem falta, poder sair sempre, não me preocupar com o meu futuro, aquela inconsequencia inocente, nunca fazer mal a ninguém. Eu nunca tinha feito mal a ninguém, até começar a andar sã e me preocupar com as coisas. Aceitei algumas coisas, luto contra outras até hoje, mas por mais incrível que pareça, luto mais comigo mesma do que com os vicios. Luto contra o ódio e contra a vingança que eu insisto em ficar trazendo para dentro cada vez que aparece algum probleminha. Luto para não fazer mal as pessoas, é da minha enorme habilidade de foder os outros que surgiu meu apelido, mayhem. Luto para aceitar o tempo. Luto para continuar tendo esperanças, para não me apegar tanto as coisas, para não pensar tanto nos outros. Estou lutando para ser uma pessoa melhor, mesmo que as vezes algumas pessoas duvidem da minha capacidade. Ninguém entende o esforço até que sinta, não adianta. Mas o que me dói mais e custa tanto tempo sofrendo é saber que não há mais felicidade na rua, que o spray está vazio e que acender um cigarro agora é crime. É não poder voltar atrás e ficar vivendo lá pra sempre. Depender de tanta coisa pra ser feliz.

"E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu."

terça-feira, 11 de agosto de 2009

I wanted to breathe smoke.

(...) me sentir parte da cidade como um todo, vontade de acender um cigarro na madrugada fria e me sentir uma maquina, exalando fumaça, movendo sem objetivo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

tenho mais nada

perdi o medo de tudo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

rua

Estou sentindo falta dela. Aqui em BH é muito bom, mesmo, o clima é bom, as pessoas são mais simpáticas, cada um no seu quadrado buscando a sua felicidade...Mas sinto falta da rua. Sinto falta de sair de madrugada no frio com aquelas roupas largas e manchadas, ver a fumaça sair do capuz do casaco fexado na cara e rir da Eris sempre querendo descer uma rua mais ingreme do que a anterior e caindo do skate. Estou com saudades daquele cigarro de madrugada que parece durar horas, do barulho da latinha batendo no bolso, da sensação de liberdade. Estou com saudades de sair com as minhas melhores amigas e ficar falando merda, sentada no meio fio sem medo de nada, fazer merda a noite inteira sem ter que voltar pra casa. Tenho pena daquela 'eu' do passado, que não sabia nada, que achava que tinha tudo, e agora que tem nada percebe que só assim se pode ter o que quiser. Estou esperando uma resposta convincente daqueles que eu questionei sobre a vida, você vive, ou apenas sobrevive? 'lares vazios, casas chiques' Nem o diabo quer me ajudar mais. xx

DISASTER

is a natural part of my evolution, toward tragedy and dissolution.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

coube tudo!

É assim que tem que tratar criança. Tem que falar o que vai fazer, ir lá e fazer e depois dar um ponto final. Senão não para nunca sabe?
É deplorável ver como todo mundo acha lindo se expor no orkut, mil comentários depois e a sua auto-estima está lá em cima. Novidades, hoje em dia é só você mostrar um pouco mais de pele
que todo mundo vai comentar sobre. Ninguém tem mais pudor é luxo ter valor...
É muito fácil, admito, ser do rap hoje em dia, e mais fácil ainda ser alternativo.
Decora meia dúzia de musicas (independente do estilo) e sai por ai dizendo,' essa ai é minha!' Não sabe o que significa ser de verdade, não tem amigos de verdade, mas julga os outros pela sua realidade. Acha que o jeito que eu me visto tem alguma coisa a ver com o tipo de musica que eu ouço. E na verdade já me acostumei a ser discriminada por ser um pouco diferente. Mesmo não ligando a mínima para o que vocês pensam, é necessário vir aqui e fazer alguns esclarecimentos... Eu cansei dessa cidade e de gente que não tem personalidade pra mudar, de gente que tem medo do que os outros vão pensar e vivem em função da próxima festa. Eu cansei de gente burra, ignorante e mal vestida. Eu sei que não sou ninguém para julgar vocês, mas o que eu posso fazer se tudo o que eu ouço é: "ai guria, sabe quem vai estar
lá?...nossa que va-di-a!...ai não sei, que roupa eu ponho?"...e to cansada de ver fotos de gente fingindo que está feliz, fingindo que está em miami, fingindo que é foda, fingindo que não está nem ai, fingindo que anda de skate, fingindo a vida. eu não quero isso pra minha vida, e muito menos alguém que atraia esse tipo de coisa. De agora em diante eu quero ser feliz.

sublime autora anonima, possivelmente suja, quase certamente desocupada

Essa fim de semana foi esclarecedor. Eu simplismente não preciso perder meu tempo me desgastando com algo que me faz tão mal e não vai me trazer nenhum benefício no futuro. Eu não preciso ficar desejando algo ruim para alguém, sendo que essa pessoa se encarrega de se afundar cada vez mais no poço que está cavando sozinha. Eu não preciso emprestar minha pá para ninguém cavar, porque eu já achei a saída do meu próprio poço. Estou mais leve. O meu passado é de quem passou ele comigo e não de quem acha que sabe do que está falando. A minha reputação me persegue, é lógico, as coisas pelas quais passei não são de se orgulhar e normalmente as pessoas lembram só das coisas ruins que você fez, mas aprendi que é mais fácil carregar algo no colo do que amarrar uma corda e ir puxando de longe. Criei meu próprio reino para poder ser coroada, esse é o meu reino e aqui eu dito as regras. Eu não sinto nada pelas pessoas que já não estão mais no meu caminho sabe, me orgulho dos meus problemas. Espero que todo mundo possa se sentir leve como eu estou me sentindo agora pelo menos uma vez na vida. Obrigada vi, xx

sábado, 1 de agosto de 2009

férias suínas

Estão sendo muito bem aproveitadas, obrigada. Estou sem sair de casa a pedidos da minha mãe, que apesar de não ter entrado em panico como a maioria das mães dos meus amigos, acha que é melhor ficar em casa por enquanto. Fiz tudo o que tinha pra fazer, só falta ajeitar minha mala agora...Estou no episódio 108 do naruto (faltam só 10 pra alcançar minha irmã) e no 7° da segunda temporada de weeds. Arrumei meu quarto, desenhei a minha tatuagem, fiz mascara de creme no cabelo e estou tomando meus remédios no horário certo. Quem sabe eu estivesse precisando de uma pandemia pra me organizar, não? Ok, sem brinks. Aliás, fiz até uma lista dos meus pretendentes, e fiquei assustada com a quantidade deles que não mora aqui em Curitiba, que ódio, essa cidade me deprime. É horrível morar aqui, não tenho mais paciencia pra nada. MAS, graças a Jah estou indo pra Belo Horizonte segunda-feira, e lá é um lugar bem mais agradável do que aqui. Está quente, as pessoas são mais simpáticas, e o céu é azul e os passarinhos acompanham quando você canta, estou falando sério. Não sei nem se vou querer voltar, wtv, me desejem sorte, tenho medo de avião.